Chegámos!!

A meta!!

18/9

O percurso entre Ciudad Rodrigo e Covilhã, com cerca de 110 km, foi iniciado pelos “4 magníficos” pelas 7 horas da manhã, pontualmente, tal como combinado na noite anterior. O disposição e o humor de todos, perfeitos para esta última etapa.

O estado de espírito é dificil de descrever. Entusiasmo para vencer o ultimo “obstáculo”. Satisfação que resulta da convicção de que vamos conseguir concluir o projecto, cumprir os objectivos, atingir a meta traçada. Reencontrar a família e os amigos. Uma certa melancolia por percebermos que esta aventura, esta fantástica, esta extraordinária experiência está a terminar…

O tempo estava óptimo para pedalar, foi num instante que chegámos a Portugal. Pequeno almoço português, pelas 9 horas da manhã, e rumo a casa. 🙂

O ritmo bem vivo, de que sabe que pode puxar mais um pouquinho, que não precisa de guardar “reservas” para o dia seguinte, pois não haverá “dia seguinte”.

Surprise, surprise!! Junto ao cruzamento para a “Vela”, no final da descida do Alto de Sta Cruz (já vencidas as grandes subidas do percurso), eis que surge em cortejo um grupo de carros buzinando e agitando bandeiras. Os amigos que vêm ao nosso encontro. Mais um pouco e vemos um carro da RTP, que faz a reportagem desta última etapa e que vai acompanhar o grupo ao longo dos ultimos vinte quilómetros de percurso.

E, surpresa final, e muto sensibilizante, no Belo Zêzere, bairro onde vivemos e de onde partimos, esperava-nos um fantástico comité de recepção, com bandeiras, tarjas, champanhe, coroas, taças e tudo!!! Sobretudo, uma enorme manifestação de carinho e de amizade que nos tocou profundanente e que nunca iremos esquecer.

Missão cumprida!! 🙂

Queremos relembrar todos aqueles que, em nome pessoal, ou institucionalmente, ajudaram a erguer este projecto. Para eles o nosso reconhecimento e agradecimento. E aqueles que, por pura amizade, trabalharam na programação, planeamento e preparação da iniciativa.

E ainda, um sentido agradecimento a todos aqueles que nos foram dando força, por mail, telefone ou diáriamente através do blogue e da página facebook associadas ao projecto.

Na verdade, reduzimos ao mínimo os “feed backs” por limitações técnicas, temporais e financeiras. No entanto, posso garantir que foi com grande satisfação que apreciámos cada uma das intervenções e dos “comments” que ao longo do percurso fomos recebendo. 🙂

A todos, muito obrigado!

João

Cerci Oeiras e Apela - as 2 instituições que apoiamos e que muito nos apoiaram ao longo desta aventura!!! 🙂

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4 magníficos em Ciudad Rodrigo!

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Reencontro dos 4 magníficos… a 1 dia de casa!!

16/8

O percurso que nos trouxe de Tordesillas a Salamanca foi feito num tiro. Cerca de 4 horas para percorrer os 96 km do percurso. Às 11h40 estávamos na Plaza Mayor a encomendar una ración de callos, una de riñones y dos cañas!

Quando olhei para o relógio e vi as horas comentei: “lindas horas para estar a comer callos”, ao que o empregado retorquiu, “La mejor hora para comerlos”! 🙂

As bikes foram grande atracção da praça. Fotografadas de diversos ângulos por japoneses, espanhois e espanholas (!), e foco de atenção de jovens e mais idosos, pais e mães de família e seus rebentos. E nós, com um sorriso nos lábios, apreciando e comendo umas tapas!

De repente, surge um espanhol na sua bicicleta chamando a atenção para um “pinchón” na rueda del remolque. Lá tivemos de, depois de bem molhado o pão “na molhanga” até à última gota (fazendo merecida justiça à cozinha de nuestros hermanos), encostar a bike a um canto e toca de mudar a câmara de ar! Se não me engano foi o meu oitavo furo em cerca de 6.000 km!

O resto do dia foi para descanso e passeio por Salamanca, gozando o tempo de folga para apreciar a cidade, e os (as) transeuntes. Fomos sentar-nos uma boa horita perto da catedral, onde um jovem guitarrista explorava a sua guitarra elétrica, e por ali ficámos em repouso e reflexão, um belo pedaço de tempo.

Físicamente estamos bem, percorridos que estão 895 km desde Bordéus, sem qualquer dia de repouso. Para mim, estão percorridos cerca de 1600 km sem qualquer dia de pausa, e tal como me sinto, poderia continuar neste ritmo o tempo que fosse necessário 🙂

Amanhã, seguem-se cerca de 95 km até Ciudad Rodrigo, onde iremos visitar a zona histórica e dormir no hotel Molino de Águeda, junto ao rio com o mesmo nome, num local simpático e atraente. Para a última noite de viagem, um pequeno “mimo”, que já merecemos!

17/8

Deixemos as rotinas. Fazer 100 km de bike, pra nós já não tem “segredos” 🙂

Chegámos a Ciudad Rodrigo pelas 11h40, ainda pela fresca. Aliás, com um ventinho sempre fresco, nalguns momentos a roçar o frio! Passeio pela zona histórica, fotos, e a cervejinha da praxe, enquanto aguardávamos o “Regresso dos 4 magníficos”.

Esta precisa de uma explicação. Há alguns anos atrás, gostávamos de participar em maratonas de BTT (ainda hoje fazemos várias ao longo do ano), e de vez em quando fazíamos provas de 12 horas ou 24 horas de BTT. Nestas provas as inscrições são feitas por equipas, identificadas por nomes. Entre diversas opções, chegámos a chamar-nos “Os 150” – a soma das idades dos 4 membros da equipa, na altura – nome que mais tarde evoluiu para “Os 4 magníficos”.

Claro que, quando fomos fazer o chek in e levantar os dorsais no local da prova, este nome deu azo a comentário:”mas não eram 7? (numa alusão ao filme “os sete magníficos”), que não ficou sem resposta: “os outros já morreram…”. Gargalhada geral, e bom humor estabelecido! 🙂

Hoje, alguns anos e muitos kilómetros de bicicleta depois, os 4 magníficos já somam 220 anos de vida….hehehe!

Registamos aqui o nosso agradecimento e o prazer de gozar da companhia do Zé Rodrigues e do António Batista, companheiros destas andanças, que hoje cedo saíram da Covilhã em direcção a Ciudad Rodrigo, e que amanhã acompanharão a última etapa até ao Belo Zêzere! 🙂

Abraços e beijinhos,

João

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De Palencia a Tordesillas em imagens!

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3…

Valladolid - Plaza Mayor

15/8

Feriado! Dia calmo, estradas vazias. Às 6h45 demos inicio à etapa de hoje: ligar Palência a Tordesillas. A caminho, um saltinho à plaza Mayor de Valladolid! Para tomar um belo pequeno almoço, cerca das 9 horas da manhã.

Tordesillas é uma pequena cidade espanhola com grande importância histórica. Nos idos anos pós descobrimentos, finais do séc XV, inícios do Séc XVI, se a memória não me falha, aqui foi assinado um tratado de divisão do mundo. Metade para Portugal, metade para Espanha. Nesta partilha coube-nos o Brasil, e a Espanha ficou com o resto da América do Sul.

Pergunto-me sempre o que teria sucedido à civilização Inca se Portugal tivesse ficado com a América do Sul! Mas isto não passa de um devaneio meu, convicto de que não teríamos “invadido” da mesma forma o território, com a febre do ouro…

Enfim, voltemos ao presente 🙂 A cidade é bonita, banhada pelo rio Douro, cidade de encosta, com uma bela zona histórica. Aqui perto, em Simancas, fica a “Torre do Tombo” espanhola – o Archivo General del Reino.

Após concluídas as rotinas do dia e a preparação da etapa de amanhã, vamos passar a tarde à descoberta da cidade. Seguirão depois as fotos! Amanhã, Salamanca! Em Salamanca já estamos “em casa”, prenúncio do fim desta aventura! Depois contamos! 🙂

Abraços,

João

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A 4 dias de casa!

13/8

Chegámos a Burgos com a maior das facilidades. Hoje despachámo-nos um pouco mais cedo! 🙂

Saímos pelas 5h45, e depressa chegámos ao destino. Antes das 13 horas já tinhamos chegado, depois de uma primeira paragem para o reforço alimentar, pelas quase 10h da manhã, e uma segunda já quase no destino, porque encontrámos um grupo de alemães, (3), com quem temos vindo a “conviver” desde há alguns dias.

Um deles, o mais velho (ou menos jovem), é um belo pândego, e os outros também fazem boa companhia. Vêm com uma engenheira de máquinas que conceptualiza peças para os camiões Iveco, e que tem uma resistência física na bicicleta que é um espanto! Certo é que os reencontrámos pela terceira ou quarta vez, e resolvemos parar. Já estavam (ainda não era meio dia), a beber uma bela caneca de cerveja cada um e prontos para almoçar. Fizemos as despedidas, porque os nossos caminhos daqui para a frente já não se cruzam. Eles seguem para Santiago, (e um deles depois segue para Portugal, e fará toda a costa até Faro), e nós saímos da rota dos Peregrinos. Claro, a despedida treve uma saúde a todos com uma bela caneca de meio litro de cerveja! 😀

Termina hoje a saga das dormidas nos albergues de peregrinos. Uma forma baratíssima de alojamento, esta noite fica-nos por 4 € a cada, e com boas condições de higiene. Claro, não há lugar para qualquer privacidade! Ontem dormimos numa espécie de camarata com dez pessoas, hoje, no Albergue Municipal de Burgos, com 38 pessoas! Ambos os sexos, todas as idades, desde jovens a alguns bem velhinhos, sem preconceitos nem mordomias. O que importa é um bom local para descansar, limpo e seguro, com possibilidade para um bom banho e lavagem da roupa do dia. Outros confortos ficam em casa, a aguardar o termo do projecto pessoal de cada um!

Devo dizer que o ambiente destas “peregrinações” é fantástico! Muito sensibilizador e muito envolvente. Ao longo de mais de 350 km, fomos “convivendo” com centenas de companheiros de percurso, a grande maioria a pé, mas também bastantes de bicicleta. Para eles, que continuam, e tem ainda mais cerca de 400 km pela frente até Santiago, vai o nosso “bon chemin” ou “buon camiño”, cumprimento que aqui vigora sempre que nos cruzamos ou passamos por companheiros de rota, ou sempre que saímos de um restaurante, um café, ou qualquer outro espaço. Aqui o “bom dia, boa tarde ou boa noite” são iguais em qualquer hora. O voto é sempre o mesmo. Que o caminho te corra bem, é o desejo que se transmite!

Vou ter saudades deste ambiente, e do sentimento de companheirismo, amizade e confiança mútua que se instalam e compulsivamente se vivem ao longo deste caminho de S. Tiago! Mas a vida prossegue, e o projecto também!

Hoje, concluído o percurso e cumpridas as várias tarefas (instalação, alimentação e afins), https://byebike.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=781&action=edit&message=10″reunião magna” de companheiros de viagem, para decidir o final do percurso.

Amanhã não haverá repouso como estava previsto, prosseguimos caminho em direcção a Palência. Segue-se Tordesillas, Salamanca, Ciudad Rodrigo e Covilhã! Ou seja, faltam 5 percursos para outros tantos dias, pelo que, se tudo continuar a correr como esperado, ou seja, bem, a chegada será no dia 18! Quinta feira, lá para as 16 horas, já deveremos estar a beber uma cerveja no Café D´Alma, na Belo Zêzere!

Quanto a Burgos, cidade destino de hoje, a zona histórica envolvente da Catedral, bem como a própria catedral são muito bonitas.

Seguem as fotos da praxe, das paisagens, monumentos e algumas “particularidades” que encontrámos ao longo do dia!

14/8

O caminho para Palencia decorreu com normalidade, com um tempo relativamente fresco, com o céu nublado e um ventinho agradável. A meio do trajecto algumas mudanças inesperadas, dado que a EN 620 está cortada em diversos pontos pela Via rápida E80/A62, e tivemos que improvisar alguns desvios por caminhos rurais, e num ou outro troço por caminhos de terra. Mas sem males de maior.

Seguem as fotos da praxe!

Amanhã, Tordesillas…e estamos a 4 dias de casa! 🙂

Abraços e beijinhos,

João

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Finalmente en España!

10/8

Pela fresquinha arrancámos com destino a St Jean Pied de Port. Percurso que, pensávamos nós, teria cerca de 100 km, de acordo com as medições feitas pelo Guia Micheli, mas que após concluído se confirmou ter cerca de 122 (mais de 7 horas a dar ao pedal, de acordo com o conta quilómetros do Jorge)!

Hoje o calor já se fez sentir com força, dificultando o percurso, e alguém andou a “engelhar” o TERRENO! Um sobe e desce constante, algumas subidas bem íngremes e bem compridas a atrapalhar, mas já está feito! 🙂

Belo passeio, com paisagens  bonitas de montanha, visto que já andamos pelos Pirinéus bascos.

Mas valeu o esforço!! À beleza do percurso juntou-se a beleza da terra, e ainda a vivência jovial e muito própria dos caminheiros que a pé, de bicicleta ou em versão motorizada (muitas motas!), visitam e convivem de forma amiga e solidária neste posto importante da rota dos Caminhos de Santiago (ou Caminho de St Jacques)!

Claramente, recomendamos este “passeio” 🙂

Amanhã, pela fresquinha, Espanha!!!!!!! Direcção Puente la Reina, destino… até onde derem as forças e a alma! Estamos agora em etapas de montanha, com dificuldades semelhantes à da nossa Serra! E em termos de distâncias, muito maiores do que uma “simples” subida à Torre e com declives muito consideráveis. Debaixo da torreira do Sol, e não esqueçamos, empurrando quase 50 quilos cada um, para além do prório peso!

11/8

O percurso de ligação entre St Jean Pied de Port e Puente la Reina, foi bem duro! Começou com uma subida de 25 km, para atravessar os Pirinéus, equivalente a duas subidas desde Manteigas ao centro de limpeza de neve. Em extensão e declives!

A “meio” do percurso encontrámos Pamplona, e fomos visitar a zona histórica, sentimos a alma dos bascos espanhois e petiscámos umas tapas com umas cañas bem geladas!

Vencida a subida inicial esperavam-nos mais cerca de 80 km, com algumas subidas adicionais, e com cerca de 25 km finais feitos debaixo de um sol abrasador, com temperaturas a rondar os 36 graus!

Amanhã segue-se a ligação a Nájera, passando por Logroño, e com esta etapa viramos os Pirinéus! O resto será um passeiozinho, debaixo de muito calor!

12/8

Como sempre, bem cedo, demos início à etapa que nos trouxe até Nájera. Uma cidade antiga e pequenina, no interior de Espanha, que já foi terra de reis! E onde, nessa condição, foram erguidos um convento e uma igreja, datados dos finais do século XV, que são hoje passagem quase obrigatória para os peregrinos de Santiago.

O percurso decorreu sem problemas de maior, descontado o calor que se fez sentir! Fizemos uma pequena  paragem em Logroño, e uma visita ao centro histórico, ou “casco antiguo”, como dizem os espanhois, que, cumprindo a regra de Espanha, está muito bem conservado e cheio de vida! Valeu a pena a visita 🙂

Chegados a Nájera, o primeiro passo foi encontrar um albergue para nos instalarmos. Cheios de sorte, na primeira vez que perguntámos demos com um  sítio óptimo, por um preço muito razoável!

Depois de uma visita pela zona ribeirinha e pelas ruas estreitas da área antiga da cidade, com a sua mística “mesclada” com uma certa comercialização maciça – mas que, mesmo assim, é um local a visitar – aqui estou, numa espalanada junto ao rio, aproveitando a frescura da água e escrevendo esta pequena crónica 😉

Amanhã seguimos em direcção a Burgos, ou talvez até Hornillos del Camiño, onde terminará o nosso périplo pela Rota dos Peregrinos de Santiago de Compostela. Depois, seguimos para sudoeste, em direcção a Tordesillas, Salamanca, Ciudad Rodrigo e claro, Covilhã!

Faltam já menos de 600 km e muito poucos dias de viagem para terminar esta aventura!! 🙂

Abraços e beijinhos,

João

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De Saint Sever até Puente de la Reina em imagens, passando por Pamplona!

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Bordeaux!

7/8 e 8/8

A ligação entre Le Verdon sur Mer e Bordéus, foi feita em dois dias. Ou melhor, dividi a etapa em dois dias, ficando em cada um deles um pequeno passeio de cerca de 50 a 60 km, que, permitiu alguns devaneios no percurso, com algumas escapadelas ao trajecto pré-definido, para ver mais uma praia ou uma terra que despertou a minha atenção.

Na verdade a região de Bordeus é uma terra de vinhos… são quilómetros e quilómetros de vinhas, de “Chateaux” e de “Domaines”, as quintas e propriedades das diversas famílias que, tal como em Portugal, dão o nomes aos vinhos!

Em muitas das vinhas, cada fiada inicia-se com uma roseira. Método também já aplicado em algumas regiões de Portugal, e que tem por fim detectar o míldio e outras doenças da vinha, que, quando aparecem, dão primeiro sinal na roseira do que na videira. Para além de permitir uma intervenção precoce quando aparecem problemas, este sistema acaba por dar uma cor e uma graça às vinhas, que dá gosto ver. 🙂

Quanto ao percurso nada de novo. Uma mini estátua da liberdade, numa praia francesa, cujo motivo não consegui descobrir (?!?)

E fico convencido que as localidades francesas, quer na costa, quer no interior, estão muito bem cuidadas e que aqui não foram permitidos desmandos de construção que estragassem a paisagem urbana ou rural…

O Jorge chegou bem, no dia 8, e assim tenho finalmente companhia para os últimos 12 dias de viagem, até à chegada à Covilhã! Após verificado e testado todo o equipamento, comemos uma bela jantarada, e a seguir dormir, que amanhã o percurso é pesado…cerca de 124 km!

9/8

Belo dia para passear de bicicleta! Temperatura amena, vento ligeiro, o Sol a despontar pelas 7h e pouco. O Jorge trouxe o bom tempo (esperemos…eheheh)!!!

Apenas de ressaltar que o camping no destino escolhido, Mont de Marsan, estava fechado, o que nos obrigou a um esforço acrescido de mais cerca de 20 km, para arranjar novo local para pernoitar, em Saint Sever. Ou seja, fizemos cerca de 150 km, entre as 6 horas da manhã, (ainda escuro total) e as 15 horas da tarde, com dois furos pelo caminho!

Para compensar, amanhã, teremos um percurso mais curto. Estavam previstos cerca de 120 km, a etapa ficará a ter cerca de 100 km, até Saint Jean Pied de Port, que fica a alguns poucos quilómetros da fronteira com Espanha. A França está quase ” vencida”…mais 11 dias e estamos em casa!!! 🙂

Abraços e beijinhos,

João (e Jorge!)

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Val du Loire!

3/8

A ligação entre Orleans e Tours foi um bocado ruim! Para começar caíram aguaceiros carregados durante a noite, e o sono já não foi tão reparador! Depois o desconforto de guardar a tenda encharcada, sabendo que, na noite seguinte, ela vai estar toda molhada!

O caminho, apesar de muito bonito, sem dúvida, foi pesadote! Felizmente deixou de chover por essas 10 da manhã, mas um vento forte teimou em contrariar a fluidez do andamento. Por fim, a duração do percurso – iniciei o dia pelas quase 7 horas da manhã e pousei a bicicleta pelas 20 horas e qualquer coisa!! Rapidamente tive de fazer o chek-in no parque e correr para o banho, para apanhar o único restaurante da terra ainda aberto, onde (qe ue bem que me soube) comi um retemperador jantar! 🙂

Assim, só pelas 10 horas da noite fui montar a tenda, e, claro, molhada e desconfortável!! :/Andei por ali a fazer tempo para poder por as coisas lá dentro, e cansado e dorido como estava, não foi fácil!! Mas enfim, valeu a beleza natural do percurso e a descoberta de um património mundial que vale claramente a classificação que possui! 🙂

Estou a falar de uma região(?), um vale com cerca de 800 km de comprimento, e que, ao longo de todo o seu percurso, possui, para além da placidez e quietude das paisagens de rio e das localidades por ele atravessadas, um imenso e muito bem conservado património monumental: castelos, igrejas, catedrais, bairros da idade média, zonas históricas muito bem conseguidas, passeios fluviais…enfim…por essas e por outras andei (que nem um tonto) o dia todo para a esquerda e para a direita, tentando gozar mais isto e aquilo…Acho que fiz mais de 160 km!!!! 🙂

Reuni algumas fotos que, apesar de poucas, espero que ajudem a dar uma ideia dos sítios por onde passei hoje!

4/8

Alvorada pelas 5h30, apesar do cansaço e vontade de dormir mais um pouco 🙂

Fiz cerca de 120 km, metade dos quais ao longo da margem do rio, e a outra metade, já iniciando a descida para a costa francesa, aproximando o pecurso do destino final.

Se puder, voltarei aqui outra vez, para conhecer melhor e gozar mais este fantástico território francês.

Amanheceu um dia sossegado, sem vento nem chuva. A tenda já bem seca (finalmente!). Dormi toda a noite com a tenda aberta, para sair o cheiro a mofo, e ajudar a secar. Confesso que o cansaço era de tal ordem, que pouco me incomodou! Deitei-me pelas 11h30 e devo ter pegado no sono de imediato… e foi até de manhã, ao toque do despertador. 🙂

Da viagem, o mesmo comentário do dia anterior… fica o prazer do que foi apreciado, e a frustração de não haver tempo para mais! Chegado ao destino pelas 15 horas, moídinho de todo, pelo acumulado do dia anterior com os 120 km deste dia, tive a satisfação de encontrar um camping simpático, cheio de ingleses e explorado por ingleses, com uma cerveja bem gelada…hummmmm! 😀

Na aldeia, Airvault, 9 km abaixo de Thouars, cidade destino escolhida na rota, havia hoje uma feira de produtos locais. Uma espécie de feira das freguesias (para quem conhece a da Covilhã), com um mercado de produtos agrícolas, vinícolas e artesanais.

Acabei por conhecer um velhote simático, que me acompanhou até ao local da feira, e, toca de passear stand a stand, provando aqui um ou outro queijo, ali, um chourição e algumas fatias de carne fumada, acolá mais umas coisinhas, e por ali jantei principescamente, acompanhado de uma garrafa de vinho de 50cc. Muito agradável!

Às tantas, aparece o velhote que me aprersenta o Patrick Jacq, um jornalista mais sessentão que cinquentão, (esse já eu sou e sou mais novo), que queria entrevistar um estrangeiro, e assim tive direito a fotografia e gravação, para o Courrier de L´Ouest!!!

E assim terminou mais um dia…cansado, mas consolado. De bariguinha composta e com optima disposição! Amanhã, destino Niort, um percurso curto, cerca de 80 km,… mais curto porque hoje já andei mais alguns kms do que o previsto…

PS – Hoje (5/8), para minha surpresa, recebi um simpático e-mail do Patrick, jornalista, que esteve a visitar o blog e está curioso para saber as minhas impressões da feira! A foto e o artigo foram já enviados para o Courier de l’Ouest, pelo que vou ficar famoso por estas bandas eheheh assim que tiver uma digitalização, disponibilizo! 🙂

5/8

Sem incidentes de maior, os cerca de 85 km que me separavam do Parque de Campismo de Coulon, (cerca de 15 km abaixo do termo de etapa definido, Niort), decorreram com normalidade. Alguma chuva, um ou outro aguaceiro, a roupa que seca no corpo por duas ou três vezes, e antes das 13 horas já estava no destino. Tarde para reorganizar e descansar!!

Coulon é chamada a Veneza francesa, porque está rodeada por diversos canais, de um rio muito verde, a água tem um tom verde escuro, e toda a vegetação envolvente é também muito verdejante. Faz lembrar um pouco a vegetação da Serra do Buçaco, ou mesmo a Serra de Sintra.

A cidade em si, (não sei bem se cidade, se vila), é considerada um local francês distinto, está muito bem conservada, e tem um aspecto acolhedor.

Tem uma “promenade” muito simpática, ao longo do rio, de onde partem múltiplas “chatas / chalupas”, não sei bem como lhes chamar, algumas de maior dimensão que outras, mas todas pequenas! São uma espécie de barcos de fundo chato, muito simples, rectangulares, que, à laia das Gôndolas venezianas, fazem passieos pelos diversos canais “envolventes” da cidade.

Muito turístico, mas mantendo a placidez característica desta zona, com um rio que no canal mais largo terá praí uns 15 m de largura, nos mais estreitos praí uns 5 metros, em que as águas estão quase paradas, reflectindo e espelhando as margens, a vegetação e o céu. Por este envolvimento, o nome do parque, “Camping La Venise verte”.

Amanhã, cerca de 100 km até ao mar! Le Verdon sur Mer, destino final, numa pacata aldeia bretã, que precede o percurso até Bordéus. Segue-se um dia de descanso, momento que vai ser aproveitado para reemperar forças, verificar e fazer a manutenção da bike, esperemos que com Sol, ou pelo menos, sem chuva! 🙂

Seguem as fotos da praxe! Abraços e beijinhos,

João

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